« Elasticidades e suas aplicações » : différence entre les versions

De Baripedia
Ligne 258 : Ligne 258 :
A função de utilidade Cobb-Douglas é um exemplo em que a elasticidade da procura é frequentemente unitária. Este tipo de função de utilidade, amplamente utilizado em economia, implica que os consumidores distribuam as suas despesas entre diferentes bens de forma a que a percentagem de cada bem no orçamento total permaneça constante, resultando numa elasticidade-preço da procura de valor absoluto igual a 1.
A função de utilidade Cobb-Douglas é um exemplo em que a elasticidade da procura é frequentemente unitária. Este tipo de função de utilidade, amplamente utilizado em economia, implica que os consumidores distribuam as suas despesas entre diferentes bens de forma a que a percentagem de cada bem no orçamento total permaneça constante, resultando numa elasticidade-preço da procura de valor absoluto igual a 1.


== Synthèse des concepts d'élasticité ==
== Resumo dos conceitos de elasticidade ==


[[Fichier:Élasticités en résumé 1.png|400px|vignette|centré]]
[[Fichier:Élasticités en résumé 1.png|400px|vignette|centré]]


Le tableau illustre les nuances de la réactivité de la demande face aux variations de prix, en se concentrant sur l'effet d'une hausse de 1% du prix sur la quantité demandée. Lorsqu'un bien ou service présente une demande parfaitement inélastique, une telle hausse n'entraîne aucun changement dans la quantité achetée. Cela s'observe généralement pour des biens essentiels dont les consommateurs ne peuvent se passer, comme certains médicaments.
O quadro ilustra as nuances da reação da procura às variações de preços, centrando-se no efeito de um aumento de 1% do preço na quantidade procurada. Quando a procura de um bem ou serviço é perfeitamente inelástica, um tal aumento não conduz a qualquer alteração da quantidade comprada. É geralmente o caso dos bens essenciais de que os consumidores não podem prescindir, como certos medicamentos.


Si la demande est inélastique, ce qui se traduit par une élasticité comprise entre 0 et 1, la quantité demandée ne diminue que légèrement lorsqu'il y a une augmentation de prix — moins que la hausse elle-même. Pour ces types de biens, les consommateurs sont susceptibles de continuer à acheter presque la même quantité malgré une augmentation de prix, car il n'y a pas de substituts facilement disponibles ou parce qu'ils sont considérés comme nécessaires.
Se a procura for inelástica, o que se traduz numa elasticidade entre 0 e 1, a quantidade procurada diminui apenas ligeiramente quando há um aumento de preço - menos do que o próprio aumento. Para este tipo de bens, é provável que os consumidores continuem a comprar quase a mesma quantidade apesar de um aumento de preço, porque não existem substitutos facilmente disponíveis ou porque são considerados necessários.


Lorsque la demande a une élasticité unitaire, la quantité demandée varie exactement dans la même proportion que le prix. Si le prix augmente de 1%, la quantité demandée diminue de 1%. Les dépenses totales des consommateurs sur ce bien ou service restent constantes. Cela signifie que l'augmentation du prix est exactement compensée par une baisse de la quantité, ce qui pourrait être le cas pour des biens pour lesquels les consommateurs ont un budget fixe.
Quando a procura tem elasticidade unitária, a quantidade procurada varia exatamente na mesma proporção que o preço. Se o preço aumenta 1%, a quantidade procurada diminui 1%. A despesa total do consumidor com o bem ou serviço mantém-se constante. Isto significa que um aumento do preço é exatamente compensado por uma diminuição da quantidade, o que pode ser o caso de bens para os quais os consumidores têm um orçamento fixo.


Une demande élastique se manifeste lorsque l'élasticité est supérieure à 1. Dans ce scénario, une hausse de 1% du prix entraîne une réduction de la quantité demandée de plus de 1%. Les consommateurs sont donc très sensibles aux variations de prix, réduisant significativement leur consommation ou se tournant vers d'autres alternatives. Cela est souvent caractéristique des biens de luxe ou non essentiels, pour lesquels les consommateurs peuvent facilement changer leurs habitudes d'achat.
A procura elástica ocorre quando a elasticidade é superior a 1. Neste cenário, um aumento de 1% no preço leva a uma redução da quantidade procurada superior a 1%. Os consumidores são, portanto, muito sensíveis às variações de preço, reduzindo significativamente o seu consumo ou recorrendo a outras alternativas. Esta situação é frequentemente caraterística dos bens de luxo ou não essenciais, em que os consumidores podem facilmente alterar os seus hábitos de compra.


Enfin, une demande parfaitement élastique, où l'élasticité est infinie, signifie que tout accroissement du prix, aussi minime soit-il, va réduire la quantité demandée à zéro. Cela suggère qu'à un certain prix, les consommateurs achèteront autant qu'ils le peuvent, mais à un prix plus élevé, ils n'achèteront rien. Bien que rare dans la pratique, ce cas peut se produire dans des marchés avec des produits parfaitement substituables où le moindre changement de prix peut entraîner les consommateurs à opter pour un autre produit.
Por último, uma procura perfeitamente elástica, em que a elasticidade é infinita, significa que qualquer aumento de preço, por mais pequeno que seja, reduzirá a quantidade procurada a zero. Isto sugere que, a um determinado preço, os consumidores comprarão o máximo que puderem, mas a um preço mais elevado não comprarão nada. Embora seja raro na prática, isto pode acontecer em mercados com produtos perfeitamente substituíveis, onde a mais pequena alteração no preço pode levar os consumidores a optar por outro produto.


La compréhension de ces concepts est vitale pour les entreprises dans la stratégie de fixation des prix et pour les économistes qui étudient la dynamique du marché. Elle permet de prédire comment les variations de prix peuvent influencer les habitudes de consommation et, par conséquent, la demande globale pour un bien ou service.
A compreensão destes conceitos é vital para as empresas na sua estratégia de preços e para os economistas que estudam a dinâmica do mercado. Permite prever de que forma as variações de preços podem influenciar os padrões de consumo e, consequentemente, a procura global de um bem ou serviço.


== Élasticité dans des fonctions de demande linéaires ==
== Élasticité dans des fonctions de demande linéaires ==

Version du 1 janvier 2024 à 15:22

Baseado num curso de Federica Sbergami[1][2][3]

A elasticidade em economia é um conceito fundamental que mede a sensibilidade da quantidade procurada ou oferecida de um bem ou serviço a alterações nos seus factores determinantes, como o preço. É expressa em percentagem para indicar a capacidade de resposta da procura ou da oferta a alterações no preço ou noutros factores.

A elasticidade pode ser de diferentes tipos. Por exemplo, a elasticidade-preço da procura mede a variação percentual da quantidade procurada em resposta a uma variação percentual do preço. Quando esta elasticidade é superior a 1, diz-se que a procura é elástica, ou seja, sensível às variações de preço. Se for inferior a 1, a procura é inelástica, indicando uma baixa sensibilidade às variações de preços. Do mesmo modo, a elasticidade-preço da oferta centra-se na quantidade oferecida e na sua reação às variações de preço. Existem ainda outras formas de elasticidade, como a elasticidade da procura em relação ao rendimento ou aos preços de bens substitutos e complementares.

A compreensão da elasticidade é crucial para as empresas e para os decisores políticos. As empresas utilizam-na para fixar os preços e antecipar as vendas. Por exemplo, o preço de um produto com uma procura inelástica pode aumentar sem levar a uma queda significativa da quantidade vendida. Os governos utilizam a elasticidade para prever o impacto dos impostos, subsídios e outras políticas nos mercados.

A elasticidade é geralmente medida como o rácio entre a variação percentual da quantidade procurada ou oferecida e a variação percentual do preço ou de outros factores. Num gráfico, a inclinação da curva da procura ou da oferta pode fornecer pistas sobre a elasticidade. Uma curva de procura plana sugere uma elasticidade elevada, enquanto uma curva mais acentuada indica uma inelasticidade. Vejamos um exemplo concreto: se o preço de um bem aumentar 10% e a quantidade procurada diminuir 20%, a elasticidade-preço da procura será -2 (20% / 10%). Esta elevada capacidade de reação da procura ao preço indica uma elevada elasticidade.

A necessidade de compreender a elasticidade

A elasticidade responde a uma necessidade fundamental em economia: compreender e medir a forma como a quantidade procurada de um produto ou serviço reage a alterações de preço. Este conceito é crucial tanto para as empresas como para os decisores políticos, uma vez que permite analisar e prever o comportamento dos consumidores em resposta a alterações de preços.

À medida que nos deslocamos ao longo da curva da procura, observamos como a quantidade procurada se altera em resposta a uma variação do preço. Esta observação é essencial para determinar a elasticidade-preço da procura. A inclinação da curva da procura desempenha aqui um papel fundamental. Uma curva da procura relativamente plana indica uma elevada sensibilidade da quantidade procurada às variações de preço, caracterizando assim uma procura elástica. Inversamente, uma curva da procura inclinada sugere que a quantidade procurada é relativamente insensível às variações de preço, indicando uma procura inelástica. Esta informação é vital para as empresas quando determinam as suas estratégias de preços. Por exemplo, se uma empresa sabe que a procura do seu produto é elástica, um pequeno aumento de preço pode levar a uma diminuição significativa da quantidade procurada, afectando potencialmente as suas receitas. Por outro lado, para um produto com uma procura inelástica, a empresa pode aumentar os preços sem recear uma queda significativa da procura.

Para os governos e os decisores políticos, compreender a elasticidade é igualmente importante. Ajuda a prever as consequências económicas dos impostos, subsídios e outras políticas. Por exemplo, a imposição de um imposto sobre um produto com uma elasticidade elevada pode levar a uma queda considerável da procura, ao passo que o mesmo imposto sobre um produto com uma elasticidade baixa pode não ter um impacto tão acentuado na quantidade procurada.

O simples conhecimento do declive da função da procura não é suficiente para exprimir adequadamente a sensibilidade da resposta da procura às variações de preços. Há duas razões principais para este facto. Em primeiro lugar, o declive da curva da procura é influenciado pelas unidades de medida utilizadas, o que pode dificultar as comparações entre diferentes bens. Por exemplo, se a procura de café aumentar em 10 chávenas após uma redução de preço de 1 franco, esta informação é específica para esse contexto e para essas unidades. Comparar esta variação com a de outro bem medido em metros ou horas é complexo porque as unidades não são diretamente comparáveis. Este facto pode levar a interpretações erradas ou enganadoras. Em segundo lugar, a variação em termos absolutos (por exemplo, 10 chávenas ou 1 franco) não dá qualquer indicação sobre a importância relativa desta variação. Sem conhecer o nível inicial do preço ou da quantidade pedida, é difícil avaliar se uma variação é significativa. Por exemplo, um aumento de 10 chávenas pode ser considerável se a procura inicial era de 20 chávenas, mas relativamente insignificante se a procura inicial era de 1000 chávenas. Do mesmo modo, uma variação de 1 franco pode ser significativa para um produto barato, mas insignificante para um produto caro.

É aqui que a elasticidade entra em jogo, uma vez que mede variações relativas e não absolutas. A elasticidade fornece uma medida normalizada da reatividade da procura, que é independente das unidades de medida e tem em conta a proporcionalidade das variações em relação aos níveis iniciais de preço e de quantidade. Desta forma, permite uma melhor compreensão da sensibilidade da procura e permite efetuar comparações mais significativas entre diferentes produtos ou serviços.

A elasticidade é uma ferramenta essencial em economia porque mede a reação dos compradores e vendedores às mudanças nas condições de mercado, evitando os problemas associados à utilização de medidas absolutas, como a inclinação da curva da procura. Eis como a elasticidade resolve estes problemas:

  • Independência das unidades de medida: A elasticidade é expressa em termos relativos, tornando-a independente das unidades de medida utilizadas. Por exemplo, a elasticidade-preço da procura calcula a variação percentual da quantidade procurada em relação à variação percentual do preço. Esta abordagem permite efetuar comparações significativas entre diferentes bens ou serviços, mesmo que estes sejam medidos em unidades diferentes (como chávenas, metros ou horas).
  • Contextualizar as variações : A elasticidade fornece um quadro para avaliar a importância relativa das variações de quantidade e de preço. Em vez de se concentrar nas variações absolutas (como um aumento de 10 chávenas de café), a elasticidade permite compreender estas variações em proporção aos níveis iniciais. Aplicabilidade universal: A elasticidade pode ser utilizada para analisar vários tipos de mercados e produtos, fornecendo um método normalizado para estudar o comportamento económico. Quer estejamos a analisar a resposta dos consumidores a alterações no preço dos bens de consumo, quer a resposta das empresas a alterações no custo das matérias-primas, a elasticidade oferece uma forma consistente de avaliar estas respostas.

Em suma, a elasticidade é um instrumento valioso para economistas e decisores, porque oferece uma medida normalizada e relativa da capacidade de reação da procura e da oferta, que tem em conta as características específicas de cada mercado e produto, evitando as armadilhas das medidas absolutas. Isto permite compreender melhor a forma como os agentes económicos reagem às mudanças e desenvolver estratégias ou políticas mais eficazes e mais bem informadas.

Análise das elasticidades da procura

Elasticidade-preço da procura

A elasticidade-preço da procura é uma medida central em economia que quantifica a forma como a quantidade procurada de um bem ou serviço reage a uma alteração do seu preço. A fórmula para calcular a elasticidade-preço da procura é o rácio entre a variação percentual da quantidade procurada e a variação percentual do preço do bem.

Eis a fórmula matemática para a elasticidade-preço da procura (Ep):

Para calcular a variação percentual, utiliza-se geralmente a seguinte fórmula:

.

No contexto da elasticidade-preço da procura, isto significa: *Para a quantidade procurada: A variação percentual da quantidade procurada é calculada dividindo a variação da quantidade procurada pela quantidade inicial procurada e multiplicando-a por 100. *Para o preço: Da mesma forma, a variação percentual do preço é calculada dividindo a variação do preço pelo preço inicial e multiplicando-o por 100.

É importante notar que a elasticidade-preço da procura pode ser positiva ou negativa, mas é geralmente negativa porque a quantidade procurada tende a diminuir quando o preço aumenta, e vice-versa. No entanto, o sinal negativo é muitas vezes omitido na prática, uma vez que é geralmente entendido que a elasticidade da procura é inversamente proporcional ao preço.

A elasticidade-preço da procura permite que as empresas e os decisores políticos compreendam a sensibilidade dos consumidores às variações de preços, o que é crucial para as decisões em matéria de preços, marketing e política económica.

Para variações discretas :

= = .

Esta fórmula representa a elasticidade-preço da demanda () em termos de variações discretas. Ela usa as diferenças absolutas nas quantidades demandadas () e nos preços () para medir as variações relativas e, em seguida, determina a razão dessas variações relativas. O sinal "< 0" no final indica que, em geral, a elasticidade-preço da procura é negativa, reflectindo a relação inversa entre o preço e a quantidade procurada.

Para variações infinitesimais (ou variações na margem), a fórmula da elasticidade-preço da procura é a seguinte

= .

Nesta expressão, representa a elasticidade-preço da procura. O termo é a derivada parcial da quantidade procurada em relação ao preço, indicando como a quantidade procurada se altera instantaneamente com uma pequena alteração no preço. Multiplicando esta derivada parcial pelo rácio (preço sobre quantidade procurada) obtém-se a elasticidade-preço da procura. O sinal "< 0" no final indica que essa elasticidade é geralmente negativa, de acordo com a lei da demanda, que afirma que a quantidade demandada de um bem geralmente diminui quando seu preço aumenta.

Factores que influenciam a elasticidade-preço da procura

Impacto da disponibilidade de substitutos próximos

Quando existem substitutos próximos para um bem ou serviço, a procura desse bem ou serviço tende a ser mais elástica. Isto significa que é mais provável que os consumidores alterem a sua escolha em resposta a alterações no preço ou noutros factores.

Considere-se a procura de umas férias de heli-esqui no Alasca em comparação com umas férias de esqui em Chamonix. Se as férias de esqui em Chamonix forem consideradas como um substituto próximo das férias de heli-ski no Alasca, um aumento significativo do preço das férias de heli-ski no Alasca poderia levar a uma queda significativa da sua procura. Os consumidores, confrontados com este aumento de preços, poderiam recorrer às férias de esqui em Chamonix, que oferecem uma experiência semelhante a um custo potencialmente inferior.

Este exemplo demonstra como a presença de substitutos próximos torna os consumidores mais flexíveis nas suas escolhas, encorajando-os a optar por alternativas se o preço ou outras condições do bem ou serviço inicial se tornarem menos atractivos. Por conseguinte, as empresas e os prestadores de serviços devem estar conscientes da presença de substitutos próximos no mercado quando tomam decisões sobre os preços ou a promoção dos seus produtos ou serviços.

Contraste entre bens essenciais e bens de luxo

Uma distinção importante em economia é a diferença entre bens essenciais e bens de luxo em termos de elasticidade da procura.

Os bens de primeira necessidade, como os alimentos, a eletricidade, os medicamentos e o vestuário básico, têm geralmente uma procura inelástica. Isto significa que, mesmo que os preços destes bens aumentem ou diminuam significativamente, a quantidade procurada não se altera muito. Os consumidores continuam a comprar estes produtos porque são essenciais para a vida quotidiana. Por exemplo, a procura de alimentos mantém-se relativamente constante apesar das flutuações de preços, porque as pessoas precisam de comer independentemente da situação económica.

Em contrapartida, os bens de luxo, como os bilhetes para a Liga dos Campeões, têm uma procura elástica. Estes bens não são essenciais e a sua compra é frequentemente influenciada pelo rendimento disponível dos consumidores. Se o preço dos bilhetes para um evento desportivo de prestígio aumentar consideravelmente, muitas pessoas optarão por não os comprar, uma vez que existem muitas outras opções de entretenimento disponíveis. A quantidade procurada destes bens é, por conseguinte, muito sensível às variações de preços.

É importante notar que a classificação de um bem como de necessidade ou de luxo pode depender das preferências dos consumidores e dos seus níveis de rendimento. O que é considerado um luxo para uma pessoa pode ser uma necessidade para outra. Por conseguinte, esta distinção nem sempre é claramente definida e pode variar em função das circunstâncias individuais e do contexto económico.

Influência da dimensão do mercado na procura

A dimensão do mercado é um fator importante que influencia a elasticidade da procura. Em geral, quanto maior é o mercado, mais inelástica tende a ser a procura. Este facto deve-se, em parte, à diversidade e disponibilidade de alternativas nos grandes mercados, bem como à variedade de necessidades e preferências dos consumidores.

Por exemplo, considere-se a diferença entre a elasticidade da procura de carne em geral e de carne de frango especificamente. A carne, como categoria geral, engloba vários tipos de produtos, como frango, carne de vaca, carne de porco, etc. Num grande mercado em que estes diferentes tipos de carne estão disponíveis, a procura da categoria geral de carne pode ser relativamente inelástica. Isto significa que as variações de preço num tipo de carne podem levar os consumidores a mudar para outros tipos, mas provavelmente continuarão a consumir uma certa quantidade de carne.

Por outro lado, a procura de um tipo específico de carne, como o frango, pode ser mais elástica, especialmente em mercados mais pequenos ou locais. Num mercado pequeno ou numa região onde as preferências pelo frango são fortes e os substitutos estão menos disponíveis, um aumento do preço do frango pode levar a uma queda significativa da procura, uma vez que os consumidores podem não encontrar alternativas adequadas.

A dimensão e a definição do mercado desempenham, por conseguinte, um papel crucial na determinação da elasticidade da procura. Os mercados locais, com opções mais limitadas e preferências mais específicas, são susceptíveis de ter uma maior elasticidade da procura do que os mercados maiores e mais diversificados.

Dinâmica temporal das respostas da procura

As funções da procura a curto prazo são mais elásticas do que as a longo prazo.

  • Funções da procura a curto prazo: A curto prazo, os consumidores e as empresas têm frequentemente menos flexibilidade para ajustar o seu comportamento e as suas escolhas em resposta a alterações de preços. Consequentemente, a procura é geralmente mais inelástica a curto prazo. As opções para substituir um produto ou alterar o consumo são limitadas por hábitos, contratos, custos de mudança ou ausência de alternativas imediatas.
  • Funções da procura a longo prazo: A longo prazo, os consumidores e as empresas têm mais tempo para se adaptarem às variações de preços. Podem encontrar substitutos, alterar os seus hábitos de consumo ou investir em novas tecnologias. Consequentemente, a procura torna-se mais elástica a longo prazo, uma vez que as pessoas têm mais oportunidades e meios para reagir às variações de preços.

O exemplo da procura de energia para o petróleo é uma boa ilustração deste conceito. A curto prazo, ou seja, no próximo mês, os consumidores e as indústrias têm opções limitadas para passar sem petróleo ou encontrar alternativas energéticas. Provavelmente, continuarão a consumir quantidades semelhantes de petróleo, mesmo que os preços subam, o que torna a procura inelástica. Por outro lado, numa escala temporal de 10 anos, os consumidores e a indústria podem efetuar adaptações significativas. Podem investir em veículos mais eficientes em termos de combustível, desenvolver e adotar fontes de energia alternativas ou alterar os seus hábitos de consumo de energia. Estes ajustamentos tornam a procura de energia petrolífera mais elástica a longo prazo, uma vez que as variações de preço conduzirão a maiores alterações na quantidade procurada.

Quando um bem representa uma grande parte do orçamento de um consumidor, a procura desse bem é geralmente mais sensível às variações de preço, o que resulta numa maior elasticidade. Isto deve-se ao facto de as variações no preço destes bens terem um impacto significativo nas finanças globais dos consumidores, obrigando-os a ajustar o seu comportamento de compra.

Vejamos o exemplo da renda versus fósforos. A renda representa geralmente uma parte substancial do orçamento mensal de um agregado familiar. Consequentemente, um aumento significativo da renda pode obrigar as famílias a reconsiderar a sua situação habitacional, a procurar alternativas mais baratas ou a fazer ajustamentos noutras áreas de despesa. Isto significa que a procura de habitação é relativamente elástica: as variações de preço tendem a conduzir a alterações significativas na quantidade de habitação procurada. Por outro lado, os jogos representam uma proporção muito pequena do orçamento total. Mesmo que o preço dos fósforos duplique ou triplique, o impacto no orçamento global de uma família é mínimo. Por conseguinte, é menos provável que os consumidores alterem o seu comportamento de compra em resposta a tais variações de preços. A procura de produtos como os fósforos é, por conseguinte, inelástica: as variações de preço não conduzem a grandes variações na quantidade procurada.

Em suma, quanto maior for a quota-parte de um bem no orçamento, mais os consumidores prestarão atenção ao seu preço e mais estarão dispostos a procurar alternativas ou a modificar o seu consumo em resposta às variações de preço. Isto reflecte a maior sensibilidade da procura destes bens em relação ao seu peso no orçamento dos consumidores.

Ilustração da elasticidade-preço da procura

Qual destes dois indivíduos tem uma procura mais elástica?

Preço Quantidade pedida pelo indivíduo A Quantidade pedida pelo indivíduo B
1 20 100
2 15 80
4 10 60
8 5 50


Para determinar qual dos dois indivíduos tem uma procura mais elástica, temos de examinar a elasticidade-preço da procura de cada um. A elasticidade-preço da procura é calculada como a variação percentual da quantidade procurada dividida pela variação percentual do preço.

Vejamos os seguintes dados:

  • Para o indivíduo A: Quando o preço aumenta de 1 para 8 (um aumento de 700%), a quantidade procurada diminui de 20 para 5 (uma diminuição de 75%). Elasticidade-preço da procura para o indivíduo A = (75% / 700%) = aproximadamente 0.
  • Para o Indivíduo B: Quando o preço aumenta de 1 para 8 (um aumento de 700%), a quantidade procurada diminui de 100 para 50 (uma diminuição de 50%). Elasticidade-preço da procura para o Indivíduo B = (50% / 700%) = aproximadamente 0,071.

Neste exemplo, o indivíduo A apresenta uma maior diminuição percentual na quantidade procurada, em comparação com o indivíduo B, para o mesmo aumento de preço. Isto significa que a procura do indivíduo A é mais elástica do que a do indivíduo B. É importante notar que, embora em termos absolutos o indivíduo B reduza o seu consumo em maiores quantidades, é a variação percentual em relação ao consumo inicial e em resposta à variação de preço que determina a elasticidade. Assim, mesmo com reduções absolutas menores, o indivíduo A tem uma reação proporcionalmente mais forte às variações de preço, indicando uma maior elasticidade da procura.

Para calcular a elasticidade-preço da procura do gelado do exemplo, utilizamos a seguinte fórmula. Eis o cálculo pormenorizado:

  1. Variação de preço: O preço aumenta de CHF 2 para CHF 2,20. Isto representa um aumento de CHF 0,20, o que em termos percentuais é ou 10%.
  2. Variação da quantidade procurada: A quantidade procurada diminui de 10 para 8 cones. Isso representa uma diminuição de 2 cones, que em termos percentuais é ou 20%.
  3. Cálculo da elasticidade-preço da demanda:

A elasticidade-preço da procura de gelado, neste exemplo, é de -2. Isto significa que, por cada aumento de 1% no preço, a quantidade procurada diminui 2%. Uma elasticidade de -2 indica uma procura relativamente elástica, em que a quantidade procurada é bastante sensível às variações de preço.

A elasticidade calculada no ponto médio é frequentemente preferida para evitar o problema da assimetria, em que a elasticidade calculada a partir de dois pontos difere consoante se esteja a medir o efeito de um aumento ou de uma diminuição do preço. Eis a fórmula:

Nessa fórmula, é a elasticidade-preço da demanda. é a variação na quantidade demandada, e é a variação no preço. Os termos e representam as médias das quantidades demandadas e dos preços antes e depois da mudança, respetivamente. Este método de cálculo fornece uma medida de elasticidade que é mais representativa ao longo de todo o intervalo em consideração.

No exemplo, a fórmula para a elasticidade-preço da procura no ponto médio é utilizada para calcular a elasticidade da procura para uma alteração específica na quantidade e no preço. A fórmula é a seguinte:

Nesta fórmula, a elasticidade é calculada tomando a média das quantidades e dos preços antes e depois da alteração, o que dá uma medida mais geral da reação da procura às alterações de preços. O resultado, -2,3, indica uma procura relativamente elástica, o que significa que a quantidade procurada é sensível às variações de preço.

Quando a elasticidade-preço da demanda () é conhecida, ela pode ser usada para prever a variação percentual na quantidade demandada () em função de uma variação percentual no preço (). A fórmula é a seguinte:

Nessa fórmula, representa a variação na quantidade demandada, é a quantidade inicial demandada, é a variação no preço e é o preço inicial. Multiplicando a elasticidade-preço da procura pela variação percentual do preço, obtém-se a variação percentual esperada da quantidade procurada. Esta relação é fundamental em economia para compreender como as alterações de preço afectam as quantidades procuradas no mercado.

No exemplo, a elasticidade-preço da procura utilizada para calcular a variação percentual da quantidade procurada após um aumento de preço de 20% é de 20%. Com uma elasticidade-preço da procura de -1,5, eis o cálculo:

Se o preço aumentar 20% e , a variação percentual da quantidade pedida é calculada do seguinte modo

Isto significa que a quantidade procurada diminui 30% em resposta a um aumento de 20% no preço. Esta queda substancial reflecte uma procura relativamente elástica, em que as variações de preço conduzem a variações significativas da quantidade procurada.

Significado de elasticidade-preço absoluta

A elasticidade-preço da procura é muitas vezes expressa como um valor absoluto, porque embora esta elasticidade seja geralmente negativa (seguindo a lei da procura que afirma que a quantidade procurada diminui quando o preço aumenta), é prática comum em economia referir-se à elasticidade em termos do seu valor absoluto para facilitar a compreensão e a comparação. Eis a fórmula:

Nesta expressão, representa o valor absoluto da elasticidade-preço da procura. é a variação da quantidade procurada, é a quantidade inicial procurada, é a variação do preço e é o preço inicial. Esta notação realça a magnitude da resposta da quantidade procurada às variações de preço, independentemente da direção (aumento ou diminuição) dessa resposta.

Quando falamos da elasticidade-preço da procura, um valor de -2 significa que a procura é mais elástica (ou sensível a variações de preço) do que um valor de -1,5, apesar de -2 ser matematicamente menor do que -1,5. Utilizando valores absolutos, podemos dizer que a elasticidade-preço de -2 (que se torna 2 em valor absoluto) é superior a -1,5 (que se torna 1,5 em valor absoluto). Isto permite-nos comunicar mais claramente que a procura com uma elasticidade-preço de -2 é mais reactiva às variações de preço do que a procura com uma elasticidade-preço de -1,5.

A utilização de valores absolutos evita qualquer confusão relacionada com o sinal negativo e facilita a compreensão da elasticidade. Uma elasticidade de valor absoluto mais elevado indica uma maior sensibilidade das quantidades procuradas às variações de preço, independentemente do sinal negativo associado à elasticidade-preço da procura, de acordo com a lei da procura.

Diversidade das curvas de elasticidade dos preços

Différentes courbes de l’élasticité-prix de la demande 1.png

Cada um destes gráficos ilustra um tipo específico de reação da quantidade procurada a uma alteração do preço, ou seja, diferentes tipos de elasticidade da procura.

(a) Procura perfeitamente inelástica: O primeiro gráfico mostra uma curva de procura vertical. Isto indica que a quantidade procurada permanece constante (neste caso, 100 unidades), independentemente das variações de preço. Este pode ser o caso de bens essenciais para os quais não existem substitutos, como certos medicamentos que salvam vidas.

(b) Procura perfeitamente elástica: O segundo gráfico mostra uma curva de procura horizontal a um nível de preço de 4 euros, o que significa que os consumidores estão dispostos a comprar uma quantidade infinita a este preço, mas não procurarão nada se o preço subir acima de 4 euros. Este caso pode ocorrer em mercados altamente concorrenciais, onde os consumidores podem facilmente encontrar substitutos próximos se o preço subir mesmo que ligeiramente.

(c) Procura inelástica: O terceiro gráfico mostra uma curva da procura relativamente inclinada, indicando que a quantidade procurada não varia muito em resposta a uma alteração de preço. Neste exemplo, um aumento de preço de 22% apenas conduz a uma diminuição da quantidade procurada de 11%. Isto pode acontecer no caso de bens de primeira necessidade, para os quais os consumidores não podem reduzir facilmente o seu consumo, mesmo que o preço aumente.

(d) Procura elástica: O último gráfico mostra uma curva de procura relativamente plana, indicando que a quantidade procurada é muito sensível às variações de preço. Neste caso, um aumento de 22% no preço provoca uma diminuição de 67% na quantidade procurada. Este tipo de procura ocorre frequentemente para bens de luxo ou bens para os quais existem muitos substitutos.

Cada um destes gráficos ajuda a compreender como as variações de preço afectam a quantidade procurada e são essenciais para a fixação de preços e para as decisões de política económica. Também ilustram a importância da elasticidade para as empresas quando avaliam o impacto potencial das alterações de preços nas suas receitas e na quantidade vendida.

Scénarios extrêmes d'élasticité de la demande

Cas d'une demande parfaitement inélastique

Lorsqu'on parle d'une demande parfaitement inélastique, cela signifie que la quantité demandée d'un bien ou service ne change pas, quelles que soient les variations de prix. Dans ce cas, l'élasticité-prix de la demande est égale à zéro :

Dans une situation de demande parfaitement inélastique, la courbe de demande est verticale sur un graphique prix-quantité. Cela reflète une situation où les consommateurs sont prêts à acheter la même quantité du bien ou service, indépendamment de son prix. Les exemples typiques de biens ayant une demande parfaitement inélastique comprennent des médicaments essentiels pour lesquels il n'existe pas de substituts, ou d'autres biens et services absolument nécessaires pour lesquels les consommateurs n'ont pas d'alternative.

Caso de uma procura perfeitamente elástica

No caso de uma procura perfeitamente elástica, a mais pequena variação de preço conduz a uma variação extrema da quantidade procurada, que pode ir de zero a infinito. Esta situação é representada por uma elasticidade-preço da procura igual a menos infinito :

Nesta situação, a curva da procura é horizontal num gráfico preço-quantidade. Isto significa que os consumidores estão dispostos a comprar uma quantidade infinita do bem ou serviço a um determinado preço, mas o mais pequeno aumento do preço fará com que a procura caia para zero. As situações de procura perfeitamente elástica são raras na realidade, mas podem ocorrer em certos mercados altamente concorrenciais, onde os bens são considerados perfeitamente substituíveis e os consumidores são extremamente sensíveis às variações de preço.

Cenários intermédios de elasticidade da procura

Caracterização da procura inelástica

No caso da procura inelástica, a procura não é muito reactiva às variações de preço. Isto significa que a quantidade procurada varia menos do que proporcionalmente à variação do preço. Em termos matemáticos, e utilizando valores absolutos para expressar a elasticidade-preço da procura, isto traduz-se numa elasticidade inferior a 1:

A procura inelástica é caraterística de bens e serviços que são considerados necessários ou para os quais existem poucos substitutos próximos. Por exemplo, os consumidores continuarão a comprar estes bens mesmo que o seu preço aumente, porque não os podem substituir facilmente por outros produtos. Consequentemente, as variações de preços têm um impacto relativamente pequeno na quantidade procurada.

Identificar a procura elástica

A procura elástica caracteriza-se por uma reatividade muito elevada da quantidade procurada às variações de preço. Isto significa que a quantidade procurada varia mais do que proporcionalmente à variação do preço. Matematicamente, e utilizando o valor absoluto para expressar a elasticidade-preço da procura, considera-se que a procura é elástica quando a elasticidade é superior a 1 :

No caso de uma procura elástica, os consumidores são muito sensíveis às variações de preço. Se o preço aumentar, reduzirão consideravelmente o seu consumo do bem ou serviço e, inversamente, se o preço baixar, o seu consumo aumentará substancialmente. Este tipo de procura é típico dos bens e serviços de luxo ou dos que têm muitos substitutos próximos.

Compreender a procura com elasticidade unitária

Uma procura com elasticidade unitária ocorre quando a variação percentual da quantidade procurada é exatamente igual à variação percentual do preço. Em termos matemáticos, isto traduz-se numa elasticidade-preço da procura de valor absoluto igual a 1 :

No caso da elasticidade unitária, as variações totais do rendimento e da despesa permanecem inalteradas apesar das variações de preço, porque qualquer aumento ou diminuição do preço é exatamente compensado por uma variação inversa da quantidade procurada. Esta situação é frequentemente ilustrada por uma hipérbole equilátera num gráfico preço-quantidade.

A função de utilidade Cobb-Douglas é um exemplo em que a elasticidade da procura é frequentemente unitária. Este tipo de função de utilidade, amplamente utilizado em economia, implica que os consumidores distribuam as suas despesas entre diferentes bens de forma a que a percentagem de cada bem no orçamento total permaneça constante, resultando numa elasticidade-preço da procura de valor absoluto igual a 1.

Resumo dos conceitos de elasticidade

Élasticités en résumé 1.png

O quadro ilustra as nuances da reação da procura às variações de preços, centrando-se no efeito de um aumento de 1% do preço na quantidade procurada. Quando a procura de um bem ou serviço é perfeitamente inelástica, um tal aumento não conduz a qualquer alteração da quantidade comprada. É geralmente o caso dos bens essenciais de que os consumidores não podem prescindir, como certos medicamentos.

Se a procura for inelástica, o que se traduz numa elasticidade entre 0 e 1, a quantidade procurada diminui apenas ligeiramente quando há um aumento de preço - menos do que o próprio aumento. Para este tipo de bens, é provável que os consumidores continuem a comprar quase a mesma quantidade apesar de um aumento de preço, porque não existem substitutos facilmente disponíveis ou porque são considerados necessários.

Quando a procura tem elasticidade unitária, a quantidade procurada varia exatamente na mesma proporção que o preço. Se o preço aumenta 1%, a quantidade procurada diminui 1%. A despesa total do consumidor com o bem ou serviço mantém-se constante. Isto significa que um aumento do preço é exatamente compensado por uma diminuição da quantidade, o que pode ser o caso de bens para os quais os consumidores têm um orçamento fixo.

A procura elástica ocorre quando a elasticidade é superior a 1. Neste cenário, um aumento de 1% no preço leva a uma redução da quantidade procurada superior a 1%. Os consumidores são, portanto, muito sensíveis às variações de preço, reduzindo significativamente o seu consumo ou recorrendo a outras alternativas. Esta situação é frequentemente caraterística dos bens de luxo ou não essenciais, em que os consumidores podem facilmente alterar os seus hábitos de compra.

Por último, uma procura perfeitamente elástica, em que a elasticidade é infinita, significa que qualquer aumento de preço, por mais pequeno que seja, reduzirá a quantidade procurada a zero. Isto sugere que, a um determinado preço, os consumidores comprarão o máximo que puderem, mas a um preço mais elevado não comprarão nada. Embora seja raro na prática, isto pode acontecer em mercados com produtos perfeitamente substituíveis, onde a mais pequena alteração no preço pode levar os consumidores a optar por outro produto.

A compreensão destes conceitos é vital para as empresas na sua estratégia de preços e para os economistas que estudam a dinâmica do mercado. Permite prever de que forma as variações de preços podem influenciar os padrões de consumo e, consequentemente, a procura global de um bem ou serviço.

Élasticité dans des fonctions de demande linéaires

Pour calculer l'élasticité-prix de la demande pour une fonction de demande linéaire, on utilise la formule suivante :

En utilisant la fonction de demande linéaire donnée , on trouve que la dérivée de la quantité demandée par rapport au prix () est de -2. Cela représente la pente de la fonction de demande.

Ensuite, pour un prix () de 1, la quantité demandée () est .

En insérant ces valeurs dans la formule, l'élasticité-prix de la demande est calculée comme suit :

Ce qui donne :

Ainsi, l'élasticité-prix de la demande à un prix de 1 pour cette fonction de demande linéaire est de -0.25. Cela signifie que pour une augmentation de 1% du prix, la quantité demandée diminuerait de 0.25%. Cette valeur d'élasticité-prix indique une demande inélastique à ce niveau de prix, car la quantité demandée change moins que proportionnellement par rapport au changement de prix.

Pour calculer l'élasticité-prix de la demande lorsque le prix du marché est de 4, nous utiliserons la même fonction de demande linéaire donnée par . Tout d'abord, nous déterminons la quantité demandée à ce prix :

Maintenant, nous appliquons la formule de l'élasticité-prix de la demande avec le prix du marché (p) de 4 et la quantité demandée () de 2 :

En effectuant le calcul :

Cela signifie que l'élasticité-prix de la demande à un prix de marché de 4 est de -4. En valeur absolue, cela indique une demande très élastique. Pour chaque augmentation de 1% du prix, la quantité demandée diminue de 4%. Ce niveau élevé d'élasticité indique que les consommateurs sont très sensibles aux changements de prix à ce niveau de prix.

Le long d'une courbe de demande linéaire, l'élasticité-prix de la demande n'est pas constante mais varie à différents points de la courbe. Ceci est dû au fait que l'élasticité ne dépend pas seulement de la pente de la courbe de demande (qui est constante pour une fonction linéaire), mais aussi du ratio du prix par rapport à la quantité demandée à chaque point. L'élasticité-prix de la demande est calculée comme le produit de la pente de la courbe de demande et du ratio du prix à la quantité demandée au point spécifique. Pour une courbe de demande linéaire, où la pente est constante, l'élasticité devient plus grande en valeur absolue à mesure que l'on se déplace vers le haut de la courbe (où le prix est plus élevé et la quantité demandée est plus faible). Cela signifie que la demande devient plus élastique en valeur absolue lorsque le prix augmente.

Il est important de ne pas confondre l'élasticité avec la pente, bien qu'elles soient liées. La pente est une mesure de la variation absolue de la quantité par rapport à la variation absolue du prix (ΔQ/ΔP), tandis que l'élasticité mesure la variation relative de la quantité par rapport à la variation relative du prix (pourcentage de changement de Q par rapport au pourcentage de changement de P). En termes simples, la pente est une mesure linéaire tandis que l'élasticité est une mesure relative. Cette distinction est cruciale en économie, car elle influe sur la manière dont les entreprises fixent leurs prix et sur la façon dont les consommateurs réagissent aux changements de prix. Par exemple, même si deux produits ont la même pente de demande, leur élasticité peut être très différente en raison de différences de niveaux de prix et de quantités demandées. Cela peut avoir des implications significatives pour la stratégie de tarification et la prise de décision en matière de politique économique.

Relation entre élasticité-prix de la demande et les dépenses totales

Le lien entre l'élasticité-prix de la demande et la dépense totale (ou recette totale) est un aspect fondamental de la théorie économique. La dépense totale des consommateurs pour un bien est le produit du prix par la quantité achetée (). L'élasticité-prix de la demande nous aide à comprendre comment les variations de prix influencent cette dépense totale.

En cas de baisse de prix, il y a deux effets contraires qui se manifestent :

  • Effet de Prix : La dépense totale diminue parce que le prix est plus bas.
  • Effet Quantité : La dépense totale augmente parce que plus d'unités sont vendues, à condition que les consommateurs réagissent à la baisse des prix en augmentant leur quantité demandée.

L'effet global sur la dépense totale dépend de l'élasticité-prix de la demande :

  • Si la demande est élastique (), une baisse de prix entraîne une augmentation proportionnellement plus grande de la quantité demandée, ce qui augmente la dépense totale. Inversement, une hausse de prix entraînerait une diminution de la dépense totale.
  • Si la demande est inélastique (), une baisse de prix n'entraîne qu'une faible augmentation de la quantité demandée, et la dépense totale diminue. Une hausse de prix augmenterait la dépense totale.
  • Si la demande a une élasticité unitaire (), la dépense totale reste la même quand le prix change, car l'augmentation ou la diminution de la quantité demandée est exactement proportionnelle à la baisse ou la hausse du prix.

Ainsi, la compréhension de l'élasticité-prix de la demande est essentielle pour les entreprises lorsqu'elles envisagent de modifier les prix. Si elles augmentent les prix d'un bien ayant une demande élastique, elles peuvent s'attendre à une réduction de la dépense totale, tandis qu'elles pourraient voir la dépense totale augmenter si le bien a une demande inélastique. C'est pourquoi les entreprises doivent évaluer soigneusement l'élasticité de la demande de leurs produits avant de prendre des décisions de tarification.

Le lien entre l'élasticité-prix de la demande et le niveau des prix est une relation inverse : lorsque les prix sont élevés, même une petite diminution relative du prix peut entraîner une augmentation significative de la quantité demandée, révélant une demande élastique. Cela est dû au fait que, en termes relatifs, la réduction de prix représente une petite portion du prix élevé, tandis que la réponse en quantité est proportionnellement plus importante.

Inversement, lorsque les prix sont faibles, une diminution du prix, même si elle est proportionnellement importante, peut ne pas entraîner une augmentation substantielle de la quantité demandée, ce qui indique une demande inélastique. À ces niveaux de prix plus bas, les consommateurs peuvent déjà satisfaire leur besoin du bien en question, et donc leur réactivité à une baisse supplémentaire de prix est moindre.

Pour illustrer cela avec une courbe de demande linéaire, où la pente reste constante, l'élasticité-prix varie le long de la courbe :

  • À des niveaux de prix plus élevés (et donc des quantités demandées plus faibles), la demande est plus élastique car une modification du prix entraîne un grand changement en pourcentage de la quantité demandée.
  • À des niveaux de prix plus bas (et des quantités demandées plus élevées), la demande devient inélastique car une modification du prix a un effet plus faible en pourcentage sur la quantité demandée.

Ce concept est crucial pour la gestion de la tarification et la stratégie de revenu. Les entreprises peuvent ajuster les prix en fonction de la sensibilité prévue des consommateurs. Par exemple, une entreprise peut être plus encline à réduire les prix si elle opère dans une gamme où la demande est élastique, car la hausse attendue de la quantité demandée pourrait compenser la baisse des prix et augmenter les revenus totaux. À l'inverse, si la demande est inélastique, l'entreprise pourrait augmenter les prix, sachant que la quantité vendue ne diminuera pas substantiellement, ce qui pourrait également augmenter les revenus totaux.

Elasticité-prix de la demande et dépense totale 1.png

L'image affichée est un graphique illustrant comment l'élasticité-prix de la demande affecte la dépense totale des consommateurs, également connue sous le nom de recette totale pour les vendeurs. Le graphique montre une courbe de demande classique, qui décroît du haut gauche vers le bas droit, divisée en trois segments qui indiquent différents niveaux d'élasticité.

  1. Segment de Demande Élastique : Sur le segment gauche du graphique, la demande est élastique, ce qui signifie que l'élasticité-prix de la demande est supérieure à 1 (). Dans cette zone, une baisse du prix (p ↓) entraîne une augmentation proportionnellement plus grande de la quantité demandée (q ↑), ce qui augmente la dépense totale (p × q). Cela est illustré par l'aire du rectangle qui s'agrandit à mesure que l'on se déplace vers la droite le long de la courbe de demande.
  2. Segment de Demande avec Élasticité Unitaire : Au centre du graphique, là où la courbe de demande croise l'axe de la dépense totale, l'élasticité-prix de la demande est unitaire (). C'est le point où la recette totale est maximisée. À ce niveau, la variation en pourcentage de la quantité demandée est égale à la variation en pourcentage du prix, de sorte que la dépense totale reste la même malgré les changements de prix.
  3. Segment de Demande Inélastique : Sur le segment droit du graphique, la demande est inélastique, ce qui signifie que l'élasticité-prix de la demande est inférieure à 1 (). Dans cette zone, une baisse du prix (p ↓) entraîne une augmentation moins que proportionnelle de la quantité demandée (q ↑), entraînant une diminution de la dépense totale (p × q). De même, une augmentation de prix entraînerait une augmentation de la dépense totale car la diminution de la quantité demandée ne compenserait pas l'augmentation du prix.

Le graphique illustre clairement la relation inverse entre le prix et la quantité demandée, mais aussi la relation directe entre l'élasticité et la dépense totale. Dans le domaine de l'élasticité, une diminution du prix conduit à une augmentation de la dépense totale lorsque la demande est élastique, tandis qu'elle conduit à une diminution de la dépense totale lorsque la demande est inélastique. Cette relation est fondamentale pour comprendre comment les entreprises doivent aborder la tarification de leurs produits en fonction de la sensibilité des consommateurs aux prix.

Demande inélastique.

Ces deux graphiques illustrent comment l'élasticité-prix de la demande affecte les recettes totales à différents niveaux de prix pour un produit donné. Sur le graphique de gauche, on observe que lorsque le prix d'un produit augmente de 1€ à 3€, la recette totale, initialement à 100€ (suggérant que 100 unités sont demandées à 1€ l'unité), change suite à cette hausse.

Le graphique de droite montre le résultat de cette augmentation de prix : la recette totale s'élève à 240€. Cela indique que, malgré le triplement du prix, la quantité demandée n'a baissé qu'à 80 unités, suggérant une réaction moins que proportionnelle de la quantité demandée à l'augmentation du prix. Cette faible sensibilité de la demande, illustrée par une augmentation de la recette totale malgré l'augmentation significative du prix, caractérise une demande inélastique. Autrement dit, les consommateurs continuent d'acheter presque autant de ce produit même si son prix a considérablement augmenté, ce qui pourrait indiquer que le produit est perçu comme nécessaire ou qu'il y a un manque de substituts proches.

Cette analyse de l'élasticité-prix est capitale pour les décideurs économiques, notamment en matière de stratégie de tarification. Elle démontre que si les consommateurs ne sont pas très réactifs à une hausse des prix, l'entreprise pourrait augmenter les prix sans craindre une diminution significative de la quantité vendue, ce qui pourrait à son tour augmenter les recettes et les bénéfices de l'entreprise. Cela dit, une compréhension approfondie de l'élasticité-prix est essentielle, car elle détermine la capacité d'une entreprise à générer des revenus supplémentaires par le biais de modifications de prix. Une mauvaise estimation pourrait conduire à des décisions qui réduisent les bénéfices au lieu de les maximiser.

Demande élastique.

Ces deux graphiques représentent les effets d'une hausse de prix sur la demande et la recette totale d'un produit.

Dans le premier graphique, une augmentation du prix de 4€ à 5€ est affichée. Avant l'augmentation du prix, la recette totale était de 200€, ce qui suggère que 50 unités du produit étaient demandées (car 4€ multiplié par 50 unités égale 200€). Le graphique montre une courbe de demande descendant de gauche à droite, qui indique que plus le prix augmente, moins les consommateurs achètent le produit.

Le deuxième graphique montre l'effet de l'augmentation du prix sur la recette totale. Après que le prix ait atteint 5€, la recette totale chute à 100€, ce qui implique que seulement 20 unités sont vendues à ce prix (5€ multiplié par 20 unités égale 100€). Cela montre une forte réactivité de la demande au changement de prix, c'est-à-dire une demande élastique. Dans ce cas, l'augmentation de prix a entraîné une baisse proportionnellement plus grande de la quantité demandée, ce qui a réduit la recette totale.

Cette situation illustre un scénario où la demande est suffisamment élastique pour que l'augmentation des prix entraîne une diminution de la recette totale. Cela peut se produire pour des produits non essentiels ou des produits pour lesquels les consommateurs ont de nombreux substituts. Pour les entreprises, cela signifie que l'augmentation des prix n'est pas toujours bénéfique et peut parfois réduire les revenus si la demande est élastique. Cela souligne l'importance de comprendre l'élasticité-prix de la demande avant d'effectuer des ajustements de prix. Pour maximiser les recettes, une entreprise doit évaluer si ses produits se situent dans une zone élastique ou inélastique de la courbe de demande. Cette connaissance permettrait à l'entreprise de fixer des prix qui ne réduiront pas la quantité demandée de manière significative, ou au contraire, d'identifier un prix qui maximiserait la recette totale sans perdre trop de clients. Une stratégie de tarification efficace dépend donc de la capacité d'une entreprise à comprendre et à répondre correctement à l'élasticité de la demande de ses produits.

Élasticité-revenu de la demande détaillée

L'élasticité-revenu de la demande mesure la réactivité de la quantité demandée d'un bien ou d'un service à un changement dans le revenu des consommateurs. Elle est exprimée par le rapport entre le pourcentage de changement dans la quantité demandée et le pourcentage de changement dans le revenu.

L'élasticité-revenu de la demande se formule de la manière suivante :

= .

Dans cette équation :

  • représente le changement de la quantité demandée,
  • est la quantité demandée initiale,
  • est le changement de revenu,
  • est le revenu initial.

L'élasticité-revenu de la demande est positive pour les biens normaux, ce qui signifie que la consommation de ces biens augmente à mesure que le revenu augmente. En revanche, pour les biens inférieurs, cette élasticité est négative, car une augmentation de revenu amène les consommateurs à acheter moins de ces biens, se tournant plutôt vers des biens de meilleure qualité ou des substituts plus coûteux. Cette mesure est importante pour les entreprises et les économistes car elle aide à comprendre les changements dans les habitudes de consommation en réponse aux variations économiques globales ou aux changements de revenu des ménages.

l'élasticité-revenu de la demande varie selon que le bien est normal ou inférieur, et cela est reflété dans le signe de l'élasticité :

Pour les biens normaux, où la quantité demandée augmente à mesure que le revenu des consommateurs augmente, l'élasticité-revenu de la demande est positive. Cela est indiqué par :

.

Cela signifie que les biens normaux sont ceux que les consommateurs achètent en plus grande quantité à mesure que leur pouvoir d'achat s'accroît. Les biens normaux peuvent être de deux types : nécessaires, où l'élasticité-revenu de la demande est positive mais inférieure à 1, et de luxe, où cette élasticité est supérieure à 1.

Pour les biens inférieurs, où la quantité demandée diminue lorsque le revenu des consommateurs augmente, l'élasticité-revenu de la demande est négative. Cela est représenté par :

.

Les biens inférieurs sont typiquement des produits que les consommateurs abandonnent ou remplacent par de meilleures alternatives à mesure que leur revenu augmente. C'est le cas de certains produits alimentaires de base ou de biens et services considérés comme moins désirables ou de qualité inférieure.

La connaissance de l'élasticité-revenu de la demande est essentielle pour comprendre comment la demande pour différents biens et services évolue avec les changements économiques et est un outil précieux pour l'analyse des politiques et la planification stratégique des entreprises.

L'élasticité-revenu de la demande joue un rôle clé dans la classification des biens en fonction de la façon dont leur consommation change avec l'augmentation du revenu des consommateurs.

Pour les biens de première nécessité, l'élasticité-revenu de la demande est positive mais relativement faible, typiquement située entre 0 et 1. Cela signifie que même si la consommation de ces biens augmente lorsque le revenu des consommateurs augmente, elle ne croît pas aussi rapidement que le revenu lui-même. En termes pratiques, les consommateurs dépensent une plus petite proportion de leur revenu supplémentaire pour ces biens à mesure que leur revenu croît. Les biens de première nécessité incluent des articles comme la nourriture de base, l'habillement et le logement.

Pour les biens de luxe, l'élasticité-revenu de la demande est plus élevée, dépassant 1. Cela indique que la demande pour ces biens augmente plus rapidement que l'augmentation du revenu. En d'autres termes, les consommateurs allouent une proportion plus grande de leur revenu supplémentaire à ces biens à mesure que leur revenu s'accroît. Les biens de luxe comprennent des articles comme des voitures haut de gamme, des voyages coûteux, et des produits technologiques de pointe.

La compréhension de ces nuances est vitale pour les entreprises afin qu'elles puissent aligner leur production et leur marketing avec les tendances économiques et les niveaux de revenu. Les changements dans la structure des revenus de la population peuvent affecter la demande pour différents types de biens, et les entreprises doivent s'adapter en conséquence pour répondre efficacement à ces évolutions du marché.

Exemple pratique de l'élasticité-revenu de la demande

Dans le contexte de l'élasticité-revenu de la demande, l'analyse des variations discrètes signifie que l'on observe des changements spécifiques et isolés dans le revenu des consommateurs et dans la quantité de biens qu'ils demandent, plutôt que des changements continus ou infiniment petits.

Si le revenu moyen des consommateurs de glace passe de CHF 3000 à CHF 3150, et que la quantité demandée augmente de 10 à 12 cornets, l'élasticité-revenu de cette demande est :

Voici l'explication détaillée du calcul :

  • Calcul de la variation en pourcentage de la quantité demandée : La quantité demandée augmente de 10 à 12 cornets, ce qui représente une augmentation de 2 cornets. En pourcentage, cela donne , soit une augmentation de 20%.
  • Calcul de la variation en pourcentage du revenu : Le revenu moyen augmente de CHF 3000 à CHF 3150, ce qui représente une augmentation de CHF 150. En pourcentage, cela donne , soit une augmentation de 5%.
  • Calcul de l'élasticité-revenu de la demande : En utilisant la formule de l'élasticité-revenu de la demande, on divise la variation en pourcentage de la quantité demandée par la variation en pourcentage du revenu pour obtenir l'élasticité-revenu de la demande. Cela donne .

Donc, l'élasticité-revenu de la demande pour les cornets de glace dans cet exemple est de +4. Cela signifie que pour chaque augmentation de 1% du revenu moyen des consommateurs, la quantité demandée de cornets de glace augmente de 4%. Une élasticité-revenu de la demande de +4 suggère que les cornets de glace sont considérés comme un bien de luxe pour ces consommateurs, car la quantité demandée augmente de manière significative plus que l'augmentation du revenu.

Élasticité-prix croisée de la demande et ses implications

L'élasticité-prix croisée de la demande, souvent notée , mesure la sensibilité de la quantité demandée pour un bien A (disons des pommes) au changement de prix d'un autre bien B (disons des oranges). Si A et B sont des substituts, comme le café et le thé, une augmentation du prix de B entraînera généralement une augmentation de la quantité demandée de A, donnant une élasticité-prix croisée positive. Inversement, si A et B sont des compléments, comme les voitures et l'essence, une augmentation du prix de B entraînera une diminution de la quantité demandée de A, donnant une élasticité-prix croisée négative.

La formule pour l'élasticité-prix croisée de la demande est donc :

En termes de calculs, cela se présente comme :

Ici, est le changement dans la quantité demandée de A, est le changement dans le prix de B, est la quantité initiale demandée de A, et est le prix initial de B.

L'élasticité-prix croisée de la demande, souvent notée , mesure la sensibilité de la quantité demandée pour un bien A (disons des pommes) au changement de prix d'un autre bien B (disons des oranges). Si A et B sont des substituts, comme le café et le thé, une augmentation du prix de B entraînera généralement une augmentation de la quantité demandée de A, donnant une élasticité-prix croisée positive. Inversement, si A et B sont des compléments, comme les voitures et l'essence, une augmentation du prix de B entraînera une diminution de la quantité demandée de A, donnant une élasticité-prix croisée négative.

La formule pour l'élasticité-prix croisée de la demande est donc :

En termes de calculs, cela se présente comme :

Ici, est le changement dans la quantité demandée de A, est le changement dans le prix de B, est la quantité initiale demandée de A, et est le prix initial de B.

Lorsque le prix d'un bien augmente et que, simultanément, le prix des biens substituables à ce bien augmente également, il est possible que la quantité demandée du bien en équilibre augmente ou reste relativement stable. Cela dépend de la sensibilité relative des consommateurs aux changements de prix (élasticité) pour ces biens.

Le raisonnement derrière cela est que, dans le cas des biens substituables, les consommateurs recherchent des alternatives lorsque le prix d'un bien augmente. Si les substituts de ce bien voient également leurs prix augmenter, les consommateurs peuvent ne pas trouver d'alternative plus avantageuse et pourraient donc continuer à acheter le bien original , même à un prix plus élevé. Cela pourrait se traduire par une diminution moins importante, ou même une augmentation, de la quantité demandée du bien .

Les signes de l'équation de l'élasticité-prix croisée des biens substituables sont importants pour comprendre cette relation. Une élasticité-prix croisée positive () entre deux biens indique qu'ils sont substituables. Si le prix de l'un augmente, et que celui de l'autre augmente également, les consommateurs peuvent choisir de ne pas se détourner du bien original, en fonction de l'ampleur relative de ces augmentations de prix et de la disponibilité d'autres alternatives.

Cette analyse est particulièrement pertinente pour les entreprises lorsqu'elles définissent leur stratégie de prix dans un marché compétitif. Comprendre comment les prix des concurrents affectent la demande de leur propre produit est essentiel pour maximiser les revenus et la part de marché.

Compréhension de l'élasticité-prix de l'offre

L’élasticité prix de l’offre

L'élasticité-prix de l'offre mesure la réactivité de la quantité offerte d'un bien ou d'un service à un changement de son prix. C'est un indicateur important pour comprendre comment les producteurs ou les fournisseurs réagissent aux changements du marché.

La formule de l'élasticité-prix de l'offre se présente comme suit :

En formule mathématique, cela se traduit par :

Où :

  • est le changement dans la quantité offerte,
  • est la quantité offerte initiale,
  • est le changement dans le prix,
  • est le prix initial.

Cette formule permet de déterminer si l'offre d'un produit est élastique ou inélastique. Une offre élastique signifie que les producteurs sont capables de changer la quantité offerte en réponse à un changement de prix. Inversement, une offre inélastique indique que la quantité offerte ne change pas beaucoup même si le prix change.

Pour calculer l'élasticité-prix de l'offre de glaces, nous utilisons la formule de l'élasticité-prix de l'offre précédemment mentionnée. Voici le calcul détaillé :

  1. Changement de prix : Le prix augmente de CHF 2 à CHF 2.20, soit une augmentation de CHF 0.20. Le pourcentage de changement du prix est donc ou 10%.
  2. Changement de la quantité offerte : La quantité offerte augmente de 5 à 6 cornets, soit une augmentation de 1 cornet. Le pourcentage de changement de la quantité offerte est donc ou 20%.
  3. Calcul de l'élasticité-prix de l'offre :

Ainsi, l'élasticité-prix de l'offre pour les glaces dans cet exemple est de 2. Cela signifie que pour chaque augmentation de 1% du prix, la quantité offerte augmente de 2%. Une élasticité de l'offre de 2 indique une offre relativement élastique, où les producteurs sont assez réactifs aux changements de prix.

Déterminants de l’élasticité-prix de l’offre

Rôle des inputs dans l'élasticité de l'offre

L'élasticité de l'offre d'un produit est fortement influencée par la disponibilité et l'accessibilité des inputs nécessaires à sa production. Lorsque les matières premières, les composants, ou la main-d'œuvre nécessaires à la fabrication d'un produit sont facilement disponibles et accessibles, les producteurs peuvent répondre plus rapidement et efficacement aux fluctuations des prix sur le marché. Cette capacité à obtenir rapidement des inputs supplémentaires ou à augmenter les effectifs permet aux entreprises d'accroître leur production en réponse à une hausse de la demande ou des prix, rendant leur offre plus élastique.

En outre, l'utilisation de biens manufacturés intermédiaires dans la production joue un rôle crucial dans la détermination de l'élasticité de l'offre. Les biens intermédiaires, étant déjà en partie transformés ou assemblés, offrent une plus grande flexibilité dans le processus de production. Cela signifie que les entreprises peuvent ajuster plus facilement et rapidement leur production en fonction des variations des prix. Cela est particulièrement vrai dans les industries où les méthodes de production sont flexibles et peuvent s'adapter rapidement pour répondre aux changements de la demande.

La capacité de stockage et la durabilité des inputs sont également des facteurs importants. Si les inputs peuvent être stockés longtemps sans se dégrader, cela offre aux entreprises une plus grande marge de manœuvre pour ajuster leur production en fonction des fluctuations de prix. Les entreprises peuvent stocker des inputs lorsque leurs coûts sont bas et les utiliser pour augmenter la production lorsque la demande et les prix augmentent.

La flexibilité de la chaîne de production est un autre élément essentiel. Une entreprise capable d'ajuster facilement ses lignes de production pour augmenter ou diminuer la production d'un produit en fonction des variations de prix aura une offre plus élastique. Cette flexibilité permet aux entreprises de réagir rapidement aux changements du marché, ce qui est crucial dans des secteurs où les conditions de marché sont volatiles ou très compétitives.

L'élasticité de l'offre d'un produit dépend donc fortement de la capacité des entreprises à s'adapter aux changements de la demande et des prix. Les facteurs tels que la facilité d'accès aux inputs, la flexibilité de la production, la capacité de stockage des inputs, et l'utilisation de biens manufacturés intermédiaires sont déterminants dans cette adaptabilité. Une bonne compréhension et gestion de ces facteurs sont essentielles pour les entreprises souhaitant optimiser leur production et maximiser leurs profits face aux fluctuations du marché.

Capacité d'ajustement de la production des vendeurs

La capacité des vendeurs à adapter leur niveau de production de biens a un impact direct sur l'élasticité de l'offre de ces produits. Prenons deux exemples pour illustrer ce principe : le front de mer et la production d'ordinateurs.

D'une part, l'offre de propriétés situées en front de mer est considérée comme inélastique. La raison principale de cette inélasticité est la limitation géographique et la rareté du bien. Il y a une quantité fixe de terre disponible en bord de mer, et on ne peut pas augmenter cette quantité, quelle que soit la demande ou l'augmentation des prix. Par conséquent, même une augmentation significative des prix de l'immobilier en bord de mer ne conduira pas à une augmentation de l'offre, car il est impossible d'augmenter la quantité de terre disponible en bord de mer.

D'autre part, la production d'ordinateurs est généralement considérée comme étant plutôt élastique. Cela s'explique par le fait que les fabricants d'ordinateurs peuvent relativement facilement augmenter ou diminuer leur production en réponse aux changements de prix. La production d'ordinateurs ne dépend pas de ressources géographiquement limitées de la même manière que l'immobilier en bord de mer. De plus, l'industrie de la technologie bénéficie de processus de fabrication évolutifs et de chaînes d'approvisionnement flexibles, ce qui permet aux producteurs d'ordinateurs d'ajuster rapidement leur production pour répondre à la demande du marché.

Ces deux exemples illustrent bien comment la nature et les caractéristiques des biens influencent l'élasticité de l'offre. Les biens qui sont physiquement limités ou rares ont tendance à avoir une offre inélastique, tandis que ceux qui peuvent être produits en grande quantité et rapidement ajustés en fonction des besoins du marché ont une offre plus élastique. Comprendre ces différences est crucial pour les décideurs et les entreprises lorsqu'ils planifient leur production et établissent leurs stratégies de prix.

Variations temporelles de la réactivité de l'offre

L'élasticité de l'offre d'un produit varie considérablement en fonction de l'horizon temporel considéré. À court terme, l'élasticité de l'offre est généralement rigide ou inélastique, car les entreprises font face à des capacités de production et à des infrastructures qui sont fixées et ne peuvent pas être modifiées rapidement. Cette rigidité à court terme est due aux contraintes immédiates telles que les limites de la capacité de production existante, les coûts fixes, et la lenteur des processus de réajustement de la production. Par exemple, dans l'industrie pétrolière, augmenter l'offre de pétrole dans l'immédiat est un défi majeur. Cela nécessite des investissements significatifs en exploration et en développement de nouveaux champs pétrolifères, ainsi que l'expansion des infrastructures existantes, ce qui prend du temps et nécessite un investissement financier important.

En revanche, à long terme, les entreprises ont la capacité de rendre leur offre plus élastique. Avec le temps, elles peuvent investir dans de nouvelles technologies, étendre leurs capacités de production, et ajuster d'autres aspects de leur fonctionnement pour répondre aux changements de la demande et des prix. À long terme, les entreprises pétrolières, par exemple, peuvent développer de nouveaux champs pétrolifères, améliorer leurs méthodes d'extraction et de traitement du pétrole, et ajuster leur stratégie globale en réponse aux évolutions du marché. Ce potentiel d'ajustement à long terme permet une plus grande flexibilité et une réponse plus dynamique aux changements des prix.

Ces différences dans l'élasticité de l'offre entre le court et le long terme ont des implications importantes pour la compréhension des marchés et la prise de décisions stratégiques. Dans des secteurs où les conditions de marché sont volatiles ou sujettes à des fluctuations rapides, la capacité des entreprises à s'adapter rapidement peut être limitée à court terme. Cependant, à long terme, ces mêmes entreprises peuvent planifier et mettre en œuvre des stratégies pour augmenter leur flexibilité et leur réactivité. Cette distinction est également cruciale pour les décideurs politiques et économiques qui doivent comprendre ces dynamiques pour élaborer des politiques efficaces et soutenir le développement industriel et économique.

Cas divers d'élasticité-prix de l'offre

Elasticité-prix de l’offre cas divers 1.png

Cette image représente quatre graphiques différents illustrant les concepts de l'élasticité-prix de l'offre pour différents scénarios.

Offre parfaitement inélastique (Graphique a) : Ce graphique montre une ligne verticale, indiquant que la quantité offerte reste inchangée quelle que soit l'augmentation du prix. Ceci est typique des biens pour lesquels il n'est pas possible d'augmenter la production, peu importe la hausse du prix, souvent à cause de contraintes physiques ou de ressources limitées. L'élasticité-prix de l'offre pour un tel bien est de zéro, car les variations de prix n'ont aucun effet sur la quantité offerte.

Offre parfaitement élastique (Graphique b) : Ce graphique présente une ligne horizontale au niveau d'un prix spécifique. Cela signifie que les producteurs sont prêts à offrir n'importe quelle quantité au prix fixé, mais aucune quantité à un prix inférieur. L'élasticité-prix de l'offre est infinie à ce prix, car la moindre variation de prix au-dessus de ce seuil entraînerait une augmentation infinie de la quantité offerte, tandis qu'une baisse en dessous de ce seuil réduirait immédiatement l'offre à zéro.

Offre inélastique (Graphique c) : Dans ce scénario, une augmentation du prix entraîne une augmentation relativement faible de la quantité offerte, indiquant une offre inélastique. L'élasticité-prix de l'offre est inférieure à 1, comme illustré par une pente ascendante modérée. Cela peut se produire dans des cas où il y a des délais dans la capacité de réponse des producteurs ou des coûts fixes qui rendent l'augmentation de la production difficile ou coûteuse.

Offre élastique (Graphique d) : Ici, l'augmentation du prix entraîne une augmentation proportionnellement plus grande de la quantité offerte, indiquant une offre élastique. L'élasticité-prix de l'offre est supérieure à 1, comme le montre la pente ascendante relativement raide. Cela est caractéristique des marchés où les producteurs peuvent rapidement augmenter la production en réponse à une hausse des prix, par exemple, lorsqu'il y a peu de contraintes sur les ressources ou la main-d'œuvre.

Chacun de ces graphiques illustre des situations différentes que les producteurs peuvent rencontrer sur le marché, montrant comment l'offre peut réagir à des changements dans le prix de leurs produits. Comprendre ces concepts est essentiel pour les producteurs, les économistes et les décideurs politiques lorsqu'ils analysent les marchés et prévoient les réactions des producteurs aux variations de prix.

Cas extrêmes d'élasticité de l'offre

Analyse d'une offre parfaitement inélastique

Une offre parfaitement inélastique représente une situation où la quantité offerte d'un bien ou d'un service reste constante, indépendamment de toute variation de son prix. Dans ce cas, l'élasticité-prix de l'offre est égale à zéro, ce qui signifie que les variations de prix n'ont aucun impact sur la quantité offerte.

La formule s'exprime comme suit :

Cette situation est rare dans la réalité économique mais peut se produire dans certains cas. Par exemple, l'offre de certains biens patrimoniaux ou historiques, comme des œuvres d'art rares ou des antiquités, peut être parfaitement inélastique car leur quantité est fixe et ne peut pas être augmentée, quel que soit le prix. De même, la disponibilité de ressources naturelles limitées, comme un terrain spécifique ou des minéraux rares, peut également être parfaitement inélastique.

Dans ces cas, les fournisseurs ne peuvent pas répondre à une augmentation de la demande par une augmentation de l'offre, ce qui peut entraîner des situations où les prix augmentent considérablement sans que cela ne se traduise par une augmentation de la quantité disponible sur le marché.

Étude d'une offre parfaitement élastique

Une offre parfaitement élastique décrit une situation dans laquelle la quantité offerte peut varier de manière illimitée en réponse à la moindre variation de prix. Dans ce cas, l'élasticité-prix de l'offre est considérée comme infinie, ce qui signifie que tout changement, même minime, dans le prix entraînera soit une absence totale d'offre (si le prix baisse en dessous d'un certain niveau) soit une offre illimitée (si le prix augmente même légèrement).

Cette situation est exprimée par la formule suivante :

Cette condition d'offre parfaitement élastique est théorique et rarement rencontrée dans la pratique. Cependant, elle peut être utilisée pour décrire des situations où les fournisseurs sont prêts à vendre n'importe quelle quantité d'un produit à un prix donné, mais à aucun prix inférieur. Un exemple pourrait être un produit dont la production est extrêmement facile et peu coûteuse, comme certains produits numériques ou services en ligne, où la capacité de production peut être pratiquement illimitée en réponse à une demande croissante, tant que le prix reste au-dessus du seuil de rentabilité.

Scénarios intermédiaires d'élasticité de l'offre

Une offre inélastique se caractérise par une faible réactivité de la quantité offerte aux variations de prix. Dans ce cas, la quantité offerte varie moins que proportionnellement par rapport à la variation du prix. Cela signifie que même de grandes variations de prix entraînent des changements relativement faibles dans la quantité offerte. L'élasticité-prix de l'offre est donc inférieure à 1 en valeur absolue.

Cette situation est exprimée par la formule suivante :

Cette faible élasticité peut être due à divers facteurs, tels que des capacités de production limitées, l'indisponibilité de matières premières supplémentaires, des délais de production longs, ou des coûts fixes élevés qui rendent difficile l'ajustement rapide de la quantité produite en réponse aux changements de prix.

Les biens avec une offre inélastique comprennent souvent ceux qui nécessitent une infrastructure lourde ou des investissements importants, comme les industries extractives (par exemple, le pétrole et les minéraux) ou certains types de production agricole. Dans ces cas, la capacité à augmenter la production en réponse à une hausse des prix est limitée par des contraintes physiques ou techniques.

Caractéristiques d'une offre élastique

Une offre élastique caractérise une situation où la quantité offerte d'un bien ou service est très réactive aux variations de prix. Dans ce cas, la quantité offerte varie plus que proportionnellement par rapport à la variation du prix. Cela signifie que de petites variations de prix entraînent des changements significatifs dans la quantité offerte. L'élasticité-prix de l'offre est donc supérieure à 1 en valeur absolue.

Cette situation est exprimée par la formule suivante :

L'offre élastique est souvent observée dans les industries où il est relativement facile d'ajuster la production en réponse aux changements de prix. Cela peut être dû à des facteurs tels que la disponibilité de technologies flexibles, la capacité d'augmenter rapidement la production sans coûts supplémentaires significatifs, ou la présence de matières premières facilement accessibles.

Un exemple typique d'offre élastique peut être trouvé dans les industries manufacturières où les ajustements de production peuvent être rapidement effectués en réponse aux signaux du marché. Cela permet aux entreprises de capitaliser sur les opportunités de marché en augmentant la production lorsque les prix augmentent et en la réduisant lorsque les prix baissent.

Offre avec élasticité unitaire expliquée

Une offre avec élasticité unitaire se produit lorsque la quantité offerte d'un bien ou service change exactement dans la même proportion que le prix. Autrement dit, la variation en pourcentage de la quantité offerte est égale à la variation en pourcentage du prix. Dans ce cas, l'élasticité-prix de l'offre est égale à 1 en valeur absolue.

Cette situation est exprimée par la formule suivante :

L'offre avec élasticité unitaire indique un équilibre entre la sensibilité de l'offre aux variations de prix et la quantité produite. Cela signifie que pour chaque augmentation de 1% du prix, la quantité offerte augmente également de 1%, et vice versa. Ce type d'élasticité est important dans les contextes économiques où les fournisseurs doivent ajuster leur production de manière proportionnelle aux changements de prix pour rester compétitifs ou pour maximiser leurs revenus.

Dans la pratique, il est rare de trouver des situations où l'offre a une élasticité exactement unitaire, mais cette notion est utile pour comprendre la théorie économique et pour modéliser les comportements de marché. Elle fournit un point de référence utile pour analyser comment les variations de prix affectent la quantité offerte et pour évaluer la réactivité des producteurs aux changements du marché.

Applications pratiques des élasticités

Interactions entre élasticités et équilibre du marché

Effets inattendus : l'exemple du blé hybride

Le graphique suivant décrit une situation où l'introduction d'un blé hybride, qui a un meilleur rendement que les variétés existantes, impacte le marché du blé.

Découverte du blé hybride élasticité.png

Voici une analyse basée sur les phénomènes économiques habituels dans de telles circonstances :

  1. Augmentation de l'Offre : La découverte d'un hybride de blé plus productif augmente l'offre de blé sur le marché. Cela est représenté par un déplacement de la courbe d'offre vers la droite, de S1​ à S2​, indiquant qu'à chaque prix, une plus grande quantité de blé est disponible.
  2. Chute des Prix : Si la demande reste inélastique (c'est-à-dire que la quantité demandée ne change pas beaucoup en réponse à une variation de prix), l'augmentation de l'offre entraînera une baisse des prix. Cela est dû au fait que, pour vendre toute la quantité supplémentaire de blé, les producteurs doivent baisser le prix pour attirer les consommateurs.
  3. Réduction du Revenu Total des Producteurs : Une chute significative du prix, avec seulement une légère augmentation de la quantité vendue en raison de l'inélasticité de la demande, peut réduire le revenu total des producteurs. Dans l'exemple donné, le revenu total diminue de CHF 300 à CHF 220, malgré la vente d'une plus grande quantité de blé.

Ce phénomène est parfois appelé "paradoxe de l'abondance" ou "malédiction de la bonne récolte" dans le contexte agricole : une offre accrue due à une meilleure productivité peut paradoxalement nuire aux producteurs si la baisse des prix due à l'excès d'offre l'emporte sur l'augmentation de la quantité vendue. Les producteurs peuvent finir par être pires financièrement, même s'ils ont une récolte plus abondante, en raison de la pression à la baisse sur les prix et de la faible élasticité de la demande pour le bien en question.

Pour atténuer ce problème, les producteurs peuvent rechercher des marchés alternatifs, développer de nouveaux produits à valeur ajoutée à partir du blé ou travailler ensemble pour ajuster l'offre globale et stabiliser les prix. Par ailleurs, l'intervention des gouvernements peut parfois être nécessaire pour soutenir les prix et garantir un revenu stable aux agriculteurs.

Durabilité de l'augmentation du prix du pétrole post-choc pétrolier

L'augmentation du prix du pétrole après le premier choc pétrolier de 1973 n'a pas duré principalement en raison de la dynamique des élasticités de l'offre et de la demande à long terme.

Voici une explication détaillée des mécanismes en jeu :

  1. Élasticité de l'offre à long terme : Dans le court terme, l'offre de pétrole est relativement inélastique en raison des délais nécessaires pour développer de nouveaux champs pétrolifères ou pour améliorer la technologie d'extraction. Cependant, avec le temps, l'incitation à investir dans le développement pétrolier augmente lorsque les prix sont élevés. De nouvelles explorations sont lancées, des technologies existantes sont améliorées et de nouvelles techniques sont développées, ce qui augmente l'offre de pétrole. À moyen et long terme, la quantité de pétrole offerte à un prix donné augmente, contribuant à la stabilisation ou à la baisse des prix.
  2. Élasticité de la demande à long terme : La demande de pétrole, bien qu'inélastique à court terme (les gens et les entreprises ne peuvent pas changer immédiatement leur consommation de pétrole en réponse à des changements de prix), devient plus élastique à long terme. Lorsque les prix du pétrole augmentent et restent élevés pendant un certain temps, cela crée une incitation pour les consommateurs et les industries à rechercher des substituts ou à adopter des technologies plus économes en énergie. L'efficacité énergétique s'améliore, la consommation de carburant diminue et les alternatives au pétrole, telles que les énergies renouvelables, gagnent du terrain. Cela réduit la demande de pétrole, exerçant une pression à la baisse sur les prix.
  3. Ajustements du marché : La combinaison d'une offre plus élastique et d'une demande également plus élastique à long terme signifie que les chocs de prix comme ceux causés par le premier choc pétrolier ont tendance à être tempérés avec le temps. Les marchés s'ajustent : l'offre augmente grâce à de nouveaux investissements et à l'innovation, tandis que la demande diminue en réponse à la recherche d'efficacité et à l'adoption de substituts.

En conséquence, l'effet net est qu'une diminution de l'offre ou une augmentation initiale du prix du pétrole entraîne seulement une petite augmentation des prix à long terme par rapport à l'effet beaucoup plus grand observé à court terme. Cela explique pourquoi l'augmentation des prix du pétrole après le premier choc pétrolier n'a pas été durable et pourquoi les prix ont finalement commencé à se stabiliser, voire à baisser, dans les années qui ont suivi.

Stratégies de lutte contre la consommation de drogues et criminalité associée

La lutte contre la consommation de drogues et son impact sur la criminalité peut être abordée par diverses politiques publiques, chacune ayant des conséquences différentes sur le marché des drogues et sur les comportements criminels associés.

  1. Politiques de réduction de l'offre : Les politiques qui visent à réduire l'offre de drogues, telles que l'augmentation des contrôles policiers et la répression des vendeurs, peuvent réduire la quantité de drogues disponibles sur le marché. Cependant, si la demande de drogues reste inélastique, c'est-à-dire que les consommateurs continuent à consommer des quantités similaires malgré l'augmentation des prix, ces politiques peuvent involontairement augmenter le prix des drogues sur le marché noir. L'effet pervers potentiel est que, malgré une réduction de la quantité disponible, le revenu total des dealers peut augmenter en raison des prix plus élevés. Cela pourrait renforcer l'attrait financier du trafic de drogues et aggraver les problèmes de criminalité associés, car les bénéfices accrus pourraient encourager plus d'individus à entrer dans le commerce illégal des drogues.
  2. Politiques de réduction de la demande : À l'opposé, les politiques qui s'attaquent à la demande de drogues, par exemple à travers des programmes d'éducation et d'information, visent à réduire la consommation en sensibilisant aux dangers de la drogue et en offrant des alternatives et des soutiens pour le sevrage. Ces politiques peuvent être plus efficaces à long terme car elles cherchent à réduire la demande directement. Si elles réussissent, la quantité de drogues consommée diminuera, entraînant une baisse des prix sur le marché. Avec une demande moins inélastique et des prix plus bas, le revenu total des dealers diminuerait, ce qui pourrait réduire les incitations financières à la criminalité liée aux drogues. En outre, en s'attaquant aux causes sous-jacentes de la consommation de drogues, ces politiques peuvent également réduire les dommages sociaux et sanitaires associés.

En résumé, les politiques de réduction de la demande pourraient s'avérer plus efficaces pour diminuer à la fois la consommation de drogues et la criminalité liée aux drogues à long terme. Elles visent non seulement à réduire l'attrait économique du trafic de drogues mais aussi à résoudre les problèmes de santé publique et d'addiction qui alimentent la demande. Ces politiques peuvent également être renforcées par des mesures de soutien telles que les traitements de substitution, les thérapies et le soutien à la réinsertion sociale des anciens consommateurs.

Élasticités et équilibre du marché : vue d'ensemble

L'élasticité de la demande joue un rôle central dans la manière dont les chocs de l'offre affectent les marchés. L'élasticité de la demande mesure la sensibilité de la quantité demandée à une variation de prix. Si la demande est élastique, une petite augmentation de prix entraîne une grande diminution de la quantité demandée, et inversement.

  1. Demande Élastique : Avec une demande élastique, un choc sur l'offre (par exemple, une diminution de la quantité offerte due à une catastrophe naturelle ou à une hausse des coûts de production) entraîne une variation plus importante de la quantité vendue et une variation plus faible du prix. Cela est dû au fait que les consommateurs réduisent significativement leur consommation en réponse à une hausse des prix. Les producteurs ne peuvent donc pas augmenter les prix librement sans risquer une chute substantielle de la quantité vendue.
  2. Demande Inélastique : À l'inverse, lorsque la demande est inélastique, les consommateurs ne réduisent pas beaucoup leur consommation en réponse à une augmentation de prix. Dans ce cas, un choc sur l'offre se traduit par une augmentation relativement plus importante du prix et une variation plus contenue de la quantité vendue. Cela signifie que les producteurs peuvent répercuter plus facilement une augmentation des coûts de production sur les consommateurs sans craindre une réduction significative des ventes.

L'implication est que, pour les biens à demande inélastique, les producteurs ont une plus grande capacité à transférer les coûts supplémentaires aux consommateurs sous forme de prix plus élevés. C'est souvent observé avec des produits de première nécessité ou des médicaments pour lesquels il y a peu ou pas de substituts directs, et les consommateurs continuent d'acheter même si les prix augmentent.

Les graphiques économiques représentant ces scénarios montrent généralement une courbe de demande plus plate pour les biens à demande élastique et une courbe de demande plus raide pour les biens à demande inélastique. Dans les marchés où la demande est inélastique, les stratégies de prix sont un outil puissant pour les entreprises, tandis que dans les marchés à demande élastique, la compétitivité dépend davantage de la capacité à gérer les coûts et à maintenir des volumes de vente élevés.

Dans le très court terme, la fonction d'offre est souvent rigide ou inélastique parce que les producteurs n'ont pas le temps ou la capacité de changer rapidement leur niveau de production en réponse à des changements de prix. Les installations de production, la main-d'œuvre, les contrats d'approvisionnement, et d'autres facteurs ne peuvent pas être ajustés instantanément. Cela signifie que, face à un choc de demande, les quantités offertes ne peuvent pas augmenter pour satisfaire la demande supplémentaire immédiatement, ce qui entraîne des augmentations de prix.

À court terme, les prix jouent donc un rôle de rationnement de la demande. Quand la demande pour un bien augmente soudainement et que l'offre ne peut pas suivre immédiatement, les prix montent pour rééquilibrer le marché. Les consommateurs qui sont disposés et capables de payer le prix plus élevé obtiennent le produit, tandis que ceux qui ne le sont pas doivent s'en passer ou chercher des substituts.

Dans le moyen et long terme, la fonction d'offre devient plus élastique. Les producteurs ont le temps de répondre à des changements de prix en augmentant la production. Ils peuvent investir dans de nouvelles capacités de production, embaucher plus de travailleurs, ou améliorer l'efficacité pour produire plus. Ainsi, face à un choc de demande durable, l'offre peut augmenter, ce qui peut stabiliser ou même réduire les prix par rapport au pic initial.

Les graphiques économiques qui illustrent ces phénomènes montrent habituellement une courbe d'offre très raide ou verticale dans le très court terme, indiquant une faible réactivité à une variation de prix. À mesure que l'horizon temporel s'étend, la courbe d'offre devient plus inclinée, indiquant une plus grande élasticité. Les implications pour les décideurs économiques sont importantes : dans le court terme, la gestion de la volatilité des prix peut nécessiter des interventions, telles que des réserves stratégiques ou des réglementations des prix, tandis que dans le long terme, les investissements dans la capacité de production et l'innovation sont essentiels pour répondre à la demande croissante.

Influence de l'élasticité de la demande sur l'équilibre du marché

Conséquences d'une demande inélastique

Ce graphique illustre un marché où la demande est inélastique, ce qui signifie que la quantité demandée ne varie pas beaucoup en réponse à une variation des prix. Sur ce graphique, nous voyons deux courbes d'offre, S1​ et S2​, et une courbe de demande relativement raide, indiquant l'inélasticité.

Demande inélastique (faible variation de la quantité et grande variation du prix).
  1. Point d'Équilibre Initial : Le point d'équilibre initial, indiqué par le point 1, se situe à l'intersection de la courbe de demande avec la courbe d'offre S1​. Ce point montre le prix et la quantité d'équilibre avant tout changement dans les conditions du marché.
  2. Nouveau Point d'Équilibre après un Choc de l'Offre : Le point 2 représente un nouveau point d'équilibre après un choc positif de l'offre, où la courbe d'offre se déplace vers la droite de S1​ à S2​. Ce déplacement pourrait être dû à une amélioration technologique, à une réduction des coûts de production, ou à une augmentation de la quantité de producteurs sur le marché.
  3. Conséquences sur le Prix et la Quantité : En raison de la demande inélastique, le nouveau point d'équilibre montre une réduction considérable du prix, mais seulement une faible augmentation de la quantité vendue. Cela est cohérent avec la nature de la demande inélastique, où les consommateurs ne réagissent pas fortement aux variations de prix.

Ce graphique illustre bien les implications d'une demande inélastique sur le marché. Même si l'offre augmente, ne provoquant qu'une légère augmentation de la quantité vendue, le prix peut considérablement baisser. Cela peut être préoccupant pour les producteurs, car une baisse significative des prix peut réduire leurs revenus, surtout si la quantité vendue n'augmente pas de manière significative. Cela montre également l'importance de comprendre l'élasticité de la demande lors de la mise en œuvre de politiques ou de la prise de décisions d'affaires, car les réactions du marché aux changements d'offre dépendent fortement de cette élasticité.

Impacts d'une demande élastique

Le graphique illustre un marché où la demande est élastique. Sur ce graphique, deux courbes d'offre (S1​ et S2​) sont représentées, ainsi qu'une courbe de demande qui a une pente prononcée, indiquant une grande sensibilité de la quantité demandée aux variations de prix.

Demande élastique (grande variation de la quantité et faible variation du prix).
  1. Point d'Équilibre Initial (Point 1) : Ce point se trouve à l'intersection de la courbe de demande et de la courbe d'offre initiale S1​. Il représente le prix et la quantité d'équilibre sur le marché avant tout changement.
  2. Nouveau Point d'Équilibre après un Choc de l'Offre (Point 2) : Le point 2 est le nouveau point d'équilibre résultant d'un choc positif de l'offre, où la courbe d'offre s'est déplacée vers la droite de S1​ à S2​. Ce déplacement de la courbe d'offre pourrait être le résultat d'une amélioration de la technologie, d'une réduction des coûts de production, ou d'une augmentation du nombre de fournisseurs.
  3. Impact sur le Prix et la Quantité : Avec une demande élastique, une augmentation de l'offre entraîne une augmentation substantielle de la quantité vendue mais une modification relativement faible du prix. Cela est dû à la haute sensibilité de la quantité demandée aux changements de prix dans un marché à demande élastique. Les consommateurs sont prêts à acheter beaucoup plus à un prix légèrement inférieur.

Dans ce scénario, les producteurs peuvent bénéficier d'une augmentation de la quantité vendue, mais ils ne verront pas une hausse significative des prix, ce qui pourrait limiter l'augmentation de leur revenu total. Cette illustration montre l'importance de l'élasticité de la demande dans la détermination des effets des variations de l'offre sur le prix et la quantité d'équilibre. Dans les marchés à demande élastique, les variations de l'offre ont tendance à se traduire davantage par des changements de quantité que de prix.

Impact de l'élasticité de l'offre sur l'équilibre du marché

Effets d'une offre inélastique

Sur ce graphique est illustré un marché où l'offre est inélastique. L'inélasticité de l'offre est indiquée par la courbe d'offre relativement raide. Le graphique montre également deux courbes de demande, D1​ et D2​, indiquant deux différents niveaux de demande.

Offre inélastique (faible variation de la quantité et grande variation du prix).
  1. Point d'Équilibre Initial (Point 1) : À l'origine, le marché est à l'équilibre au point 1, où la courbe d'offre inélastique rencontre la courbe de demande initiale D1​. Ce point représente le prix et la quantité d'équilibre avant tout changement dans les conditions de marché.
  2. Nouveau Point d'Équilibre après un Choc de Demande (Point 2) : Le point 2 représente un nouveau point d'équilibre après un choc négatif de la demande, où la courbe de demande se déplace vers la gauche de D1​ à D2​. Ce déplacement pourrait être dû à une diminution de la demande globale pour le bien en question, peut-être à cause de changements dans les préférences des consommateurs, une augmentation du prix d'un bien complémentaire, ou l'introduction d'un substitut moins cher.
  3. Impact sur le Prix et la Quantité : Étant donné que l'offre est inélastique, la réduction de la demande entraîne une baisse substantielle du prix mais seulement une faible diminution de la quantité offerte. Cela est cohérent avec la nature de l'offre inélastique, où les producteurs ne peuvent pas ou ne veulent pas réduire significativement la quantité offerte en réponse à une baisse des prix.

Dans ce scénario, les producteurs peuvent subir une baisse notable de leurs revenus due à la baisse des prix, tandis que la quantité vendue diminue légèrement. Cette illustration met en évidence l'importance de l'élasticité de l'offre dans la détermination des effets des variations de la demande sur le prix et la quantité d'équilibre. Dans les marchés à offre inélastique, les variations de la demande ont tendance à se traduire davantage par des changements de prix que de quantité.

Conséquences d'une offre élastique

Le graphique ci-dessous représente un marché avec une offre élastique, indiquée par une courbe d'offre avec une pente relativement plate. Sur ce graphique, nous voyons un déplacement de la courbe de demande de D1​ à D2​, suggérant un changement dans les conditions de marché qui affecte la demande.

Offre élastique (grande variation de la quantité et faible variation du prix).
  1. Point d'Équilibre Initial (Point 1) : Le point d'équilibre initial est situé à l'intersection de la courbe d'offre élastique et de la courbe de demande D1​. Ce point reflète le prix et la quantité d'équilibre avant le changement de la demande.
  2. Nouveau Point d'Équilibre après un Choc de Demande (Point 2) : Le point 2 montre le nouvel équilibre après que la courbe de demande se soit déplacée vers la droite, de D1​ à D2​, indiquant une augmentation de la demande pour le bien ou service. Cette augmentation pourrait résulter d'une baisse du prix d'un bien complémentaire, d'une hausse du prix d'un substitut, d'une augmentation du revenu des consommateurs, ou d'un changement dans les goûts et les préférences en faveur du bien.
  3. Impact sur le Prix et la Quantité : En raison de l'élasticité de l'offre, l'augmentation de la demande entraîne une augmentation significative de la quantité offerte mais seulement une légère augmentation du prix. Cela montre que les producteurs sont capables de répondre à la hausse de la demande en augmentant la production sans avoir à augmenter considérablement les prix.

Dans ce scénario, les producteurs bénéficient d'une augmentation de la quantité vendue, ce qui peut entraîner une augmentation de leur revenu total, même si la hausse des prix est modeste. Cela illustre l'importance de l'élasticité de l'offre pour absorber les chocs de la demande : dans les marchés où l'offre est élastique, les fournisseurs peuvent ajuster leur production pour répondre aux variations de la demande sans causer de grandes fluctuations de prix. Cela contribue à la stabilité du marché et peut prévenir les fluctuations de prix extrêmes qui pourraient être préjudiciables à la fois aux consommateurs et aux producteurs.

Synthèse des élasticités et de leur portée

Les élasticités sont des mesures essentielles en économie qui permettent d'évaluer la réactivité des quantités demandées ou offertes face à des changements de prix ou d'autres facteurs influençant la demande ou l'offre. Elles sont déterminées par le ratio des variations en pourcentage et offrent un aperçu précis de la dynamique de marché.

Lorsque la demande d'un bien est inélastique, cela signifie que les consommateurs ne réduisent pas significativement leur consommation même si le prix augmente. Dans ce cas, toute augmentation du prix tend à entraîner une hausse du revenu total pour les vendeurs. Cela est dû au fait que la quantité demandée diminue peu, donc l'augmentation du prix l'emporte sur la réduction de la quantité dans le calcul du revenu total.

Inversement, si la demande est élastique, c'est-à-dire que les consommateurs réagissent fortement à une augmentation des prix par une baisse de leur consommation, alors le revenu total des vendeurs tend à diminuer lorsque les prix augmentent. Dans ce scénario, l'augmentation des prix conduit à une baisse de la quantité demandée plus importante, ce qui réduit le revenu total généré par les ventes.

L'élasticité-revenu nous informe sur la relation entre le revenu des consommateurs et la quantité demandée d'un bien. Les biens pour lesquels la demande augmente avec l'augmentation des revenus sont considérés comme des biens normaux et ont une élasticité-revenu positive. À l'inverse, les biens dont la demande diminue quand le revenu des consommateurs augmente sont qualifiés de biens inférieurs et ont une élasticité-revenu négative.

L'élasticité-prix croisée entre deux biens nous indique si ces biens sont complémentaires ou substituts. Une valeur négative indique que les biens sont complémentaires, ce qui signifie que l'augmentation du prix de l'un entraîne une baisse de la demande de l'autre. À l'inverse, une valeur positive indique que les biens sont substituts, signifiant que l'augmentation du prix de l'un entraîne une hausse de la demande pour l'autre.

La différence entre les élasticités à court et à long terme est également significative. À court terme, les réponses des consommateurs et des producteurs aux changements de prix sont généralement limitées en raison de contraintes telles que des contrats, des habitudes ou des capacités de production fixes. Par conséquent, les élasticités sont plus faibles. À long terme, cependant, les consommateurs et les producteurs disposent de plus de temps pour ajuster leur comportement, ce qui se traduit par des élasticités plus élevées.

La compréhension des élasticités est cruciale pour anticiper l'impact des chocs de la demande et de l'offre sur l'équilibre du marché. Ces mesures influencent la façon dont les prix et les quantités s'ajustent en réponse aux chocs, affectant ainsi l'équilibre global du marché. Ainsi, les élasticités jouent un rôle fondamental dans la prévision des conséquences des politiques économiques, des changements du marché, et des tendances externes sur les prix et les quantités, ce qui est vital pour les décisions stratégiques dans les secteurs public et privé.

Annexes

Références